quinta-feira, novembro 11, 2010

Prestes a nascer


Maio de 1971.
Os futuros papais seguram as alianças dos noivos*.
A jovem gestante mostra orgulhosa a barriguinha de sete meses.
Faltam apenas dois meses para a chegada do primeiro filho.
Mas eles ainda não sabem que terão um menino.


(*Por onde andarão? Os padrinhos nunca mais os reencontraram...)

quarta-feira, novembro 10, 2010

O menino


O menino sorri.
Faz pose, recostado no muro.
Não dá para perceber se já caiu o primeiro dente-de-leite, como o sorriso mais aberto da foto anterior (post de 9 de Novembro) deixa entrever.
A irmãzinha acabara de nascer.

terça-feira, novembro 09, 2010

Uma linda família


O pai tinha 3o anos.
A mãe, 26.
O filho mais velho, 5 anos.
E a menina-bebê entre 4 e 6 meses.
A foto foi tirada num clube português, na Barra da Tijuca.
Era um dia de calor, Verão provavelmente .
O futuro estava aberto.

domingo, novembro 07, 2010

Uma grande mulher

Hoje, enquanto andava com o meu amor pelo calçadão de Copacabana, recebi uma linda declaração de amor:
- Tu és uma grande mulher.
Em seguida, um forte aperto de mão.
Mútuos olhos húmidos.
Ganhei o dia. Não precisava ouvir ou receber mais nada.

"José e Pilar"

Ontem assisti ao documetário "José e Pilar".
Pensei: este homem, José Saramago, antes de conhecer esta mulher, Pilar Del Rio, já havia escrito o desejo de encontrá-la.
Se é verdade que a comunidade humana é um desastre, como afirmou o escritor, é também verdade que ela se redime em histórias de amor como estas - na que ele viveu com Pilar e nas que deu vida em seus romances.

sábado, novembro 06, 2010

Klimt?

O desenho da criança (cf. post de 1 de novembro) cheio de pequeninas figuras geométricas coloridas faz lembrar a pintura de Klimt. Mas decerto ela nunca viu nenhuma pintura deste pintor amado pela madrinha. Afinidades estéticas e afetivas?

terça-feira, novembro 02, 2010

Ao meu sogro José, também pai

Saudades da sua doçura e bondade, da sua ampla e includente forma de amar.
A minha gratidão, por sempre me ter acolhido como filha.

Ao meu pai

Vives em mim intensamente.

"Se estamos falando nele, nasce".

José Saramago

segunda-feira, novembro 01, 2010

As crianças, o desenho, o SOL


1977. Uma criança parece ignorar o exercício de avaliação e entretém-se a desenhar um Sol imenso. Os raios derramam-se entre o cabeçalho e o enunciado das questões, e se prolongam até o fim da primeira página.

A professora encanta-se com o desenho espontâneo da criança mas incentiva-a a terminar a tarefa escolar. A mãe também se encanta e guarda este belo trabalho. Por onde andará? Talvez jamais o encontre entre tantos papeis. Mas sempre saberá como encontrá-lo no lugar onde as coisas nunca se perdem.

2010. Uma criança faz sempre um Sol em seus desenhos cheios de detalhes e de cores. Através da webcan, a avó da criança (mãe da criança da primeira história) assiste a uma cena que a faz lembrar da antiga cena: a criança pede ao pai para escolher qual dos desenhos é o mais bonito. "Os dois são bonitos", responde o pai. A criança oferece ao pai um dos desenhos, recebe um afago de volta e vai brincar.

O pai comenta com a avó que a psicóloga atribui um significado especial à presença deste Sol constante. A avó acrescenta: "Sim, Sol é vida." E depois pensa: "Talvez este desenho também se perca entre os papeis do pai. Mas ele sempre saberá como encontrá-lo".