"Mas uns cinquenta metros antes de atingir o embarcadouro, você escuta já o terceiro e o último apito da barca, solene na noite, e, ao chegar ao cais, a embarcação zarpou poucos segundos antes. Você fica tão aturdido que chega a pensar em dar o salto impossível, de uns vinte metros, que o lançaria no interior da barca. Mas, impotente, só lhe resta apoiar-se na amurada de pedra do cais, e olhar."
Excerto do conto "A Barca da Noite", que faz parte do livro O voo da madrugada, do autor brasileiro Sérgio Sant´Anna (Campanhia das Letras, São Paulo, 2003)
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