Um blogue escrito por três pares de mãos separados por águas atlânticas. Uma viagem com escalas no Rio de Janeiro, em Londres e Senhora da Hora.
quinta-feira, maio 24, 2007
Pântanos
"Morvan Tree talk", de Luc de Smet, França, 2007
"No Verão de 1863, Apollo Korzeniowski escreve a um primo que Vologda é um buraco pantanoso em que ruas e caminhos são feioz com troncos de árvores caídos. As casas, e também os palácios da fidalguia provincial são feitos de madeira pintada com cores, assenta em estacas enterradas no pântano. Tudo em redor se alaga, aprodrece e s corrompe. Só há duas estações do ano, o Inverno verde e o Inverno branco. Durante nove meses, desce um ar gelado do Mar do Norte. O termómetro desce a temperaturas tão baixas que nem se imaginam. Tudo em redor são revas sem fim. Durante o Inverno verde chove ininterruptamente. A lama entra por baixo das portas. A rigidez cadavérica transforma-se num marasmo atroz. No Inverno branco tudo está morto, no Inverno verde tudo está a morrer."
Os Anéis de Saturno, de W.G. Sebald (p.105)
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