Isabella tinha apenas cinco anos. Não mais brincará, não mais sorrirá, não mais crescerá.
Sua breve vida foi interrompida de uma forma inimaginável, provavelmente por aqueles que a deveriam proteger.
Como isso foi/é possível? A dor diante dessa morte violenta provoca-me um sentimento sem nome: indignação, revolta, descrença no ser humano...
Quando filhos assassinam os próprios pais, o crime choca-nos pela dupla transgressão: serem capazes de matar; e serem capazes de praticar esse ato justamente contra aqueles que lhes deram a vida. Mas quando pais ou responsáveis matam uma criança indefesa, o crime é ainda mais hediondo, por contrariar todos os princípios humanos.
Infelizmente, sabemos que a perversidade existe, que há pessoas muito perturbadas, com sérios desvios de caráter. Não sou loucos, têm consciência de que infringem leis e, cientes disso, procuram ocultar seus atos. Disfarçam, mentem, jamais os assumem.
Contudo, por mais "normais" que os prováveis assassinos pudessem parecer, certamente eram perceptíveis no seu perfil alguns sinais de perversão. Por que as pessoas de bem que viviam próximas à criança não deram um grito de alerta, evitando, assim, essa tragédia (como aquele senhor de Goiânia, que teve a coragem de denunciar a suspeita de maus-tratos contra uma menina de doze anos, salvando-a das torturas a que era submetida, e que poderiam ter resultado na sua morte)?
Como disse um psicólogo, comentando este assassinato terrível, causa espanto o silêncio das "boas pessoas". Quando nos calamos diante de uma possível situação de violência contra inocentes, podemos estar alimentando o "ovo da serpente" que nos devorará mais tarde.
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