Como uma criança ainda muito pequena consegue entender noções tão abstratas para ela, como a imensa distância entre os países, onde residem seus familiares paternos mais próximos (os avós, a tia-madrinha), ou a extensão do tempo que falta para que ela, que vive num país de clima frio, possa desfrutar novamente as delícias do Verão?
Maravilho-me com algo aparentemente comum a todas as crianças. Mas o fato é que a menininha, com apenas dois anos de existência, não esquece que nas férias passadas (entenderá lá o que são férias?) tomou banho de piscininha na casa da bivó paterna. Assim, neste último fim-de-semana com o pai, foi à gaveta pegar o biquini e pediu a ele que a levasse lá.
E quando interagia pela webcam com os avós paternos ("os avós do avião", como ela a eles se refere, em conversa com a tia-madrinha), de repente pediu para falar com a madrinha. O pai tentou fazê-la entender que a madrinha estava sem computador em casa e por isso não poderia vê-la.
Deve ter entendido, pois logo voltou a gargalhar gostosamente com alguns ícones animados, especialmente o do sapo que fisga com a língua uma mosca e logo solta um arroto (não é socialmente bem-educado, sabemos bem disso, mas é inegável que as crianças apreciam com naturalidade coisas escatológicas, como arrotar e soltar "pum").
- Mais! O do sapinho.
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