Este foi e está sendo um Natal de muita alegria. E é este sentimento que eu gostaria de oferecer para quem dele precisar.
Um blogue escrito por três pares de mãos separados por águas atlânticas. Uma viagem com escalas no Rio de Janeiro, em Londres e Senhora da Hora.
sexta-feira, dezembro 26, 2008
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Parada Iluminada
Foi deceptivo assistir à Parada Iluminada dia 20 de Dezembro, na Avenida Atlântica. Não basta uma sucessão de carros alegóricos para fazer um bom desfile. Os componentes se esforçaram, mas faltava organicidade, coerência e, sobretudo, criatividade.
O patrocinador (uma poderosa empresa de refrigerantes) bem poderia investir em boas idéias. Têm muitos recursos para isso. E há muitos talentos à espera de oportunidade.
O patrocinador (uma poderosa empresa de refrigerantes) bem poderia investir em boas idéias. Têm muitos recursos para isso. E há muitos talentos à espera de oportunidade.
quinta-feira, dezembro 18, 2008
Como descrever a ausência?
Um amigo meu, de nacionalidade belga, está prestes a perder o pai. Escreve-me com regularidade e conta em imagens a floresta escura que está a atravessar. Ele esforça-se para ver com tranquilidade esta travessia. A imagem acima, por exemplo, é o resultado no reflexo do sol nas paredes do quarto hospitalar. Eu gosto desta imagem - é a imagem mental que tenho deste senhor que nunca vi, construída a partir de uma foto que a magnífica Ann (a mulher do meu amigo) me mostrou quando estivemos todos juntos na Casa da Música no Porto. Na fotografia, o pai estava deitado na relva, com os olhos (já cegos) cerrados, a sorrir para o sol.
Na semana passada, o pai já não comia. Dependia do soro e aceitava de bom grado raros prazeres - como um gole de coca-cola.
Pede sempre para que os filhos comemorem a sua partida. É sinal de que ele passou por aqui. E de que foi amado. E de que viu paisagens bonitas - o pai de Luc adorava pintar, e só deixou de fazê-lo quando perdeu acuidade visual.
Continuou a amar as imagens mentais. Pintar com o cérebro.
LUC DE SMET
Talvez haja agora, na sua mente, um lago com plantas flutuantes como as de Monet em Giverny.
Talvez haja agora, na sua mente, um lago com plantas flutuantes como as de Monet em Giverny.
Seis anos sem ti
Pai, partiste há seis anos. Fazes-me falta, muita falta.
Hoje faz seis anos que o meu avô partiu.
(Como descrever a ausência?)
( Uma imagem descreverá melhor o não-estar de alguém no sítio a que sempre pertenceu?)
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Hoje faz seis anos que o meu avô partiu.
(Como descrever a ausência?)
( Uma imagem descreverá melhor o não-estar de alguém no sítio a que sempre pertenceu?)
segunda-feira, dezembro 15, 2008
Os dias deram em chuvosos...
Chove no Rio de Janeiro. Temperatura máxima: 23º. Não parece Dezembro. Nao parece que falta pouco para o Verão começar oficialmente.Bom para quem, como eu, gosta de temperaturas amenas. Seria maravilhoso se a temperatura ficasse assim, mas que o Sol desse o ar de sua graça. Há visitantes chegando com grande ânsia de aproveitar a praia...
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Em breve, muitos abraços
Do lado de cá e do lado de lá do cais estamos em contagem regressiva. Faltam apenas 7 dias para o reencontro. O cais enfim unirá as duas margens. Grande é alegria da espera. Mas bem maior será a do momento dos abraços. Xiiiiiiiiiiiiiii-coração!
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Com histórias e com afeto
Guardo num canto especial do meu coração uma cena de rara beleza a que asssiti neste último fim-de-semana. Foi tão intensa e serena, com a simplicidade das coisas belas e justas, que precisei de uns dias para escrever sobre ela:
Deste lado do cais, contemplávamos com olhar embevecido, transbordante de ternura, nosso filho a ler histórias para a filha adormecer. Ela, apesar de já meio sonolenta, com a cabeça recostada no sofá e os pezinhos apoiados no colo do pai, acompanhava atentamente a leitura. Ele lia-lhe compenetrado o texto, seguindo fielmente a palavra escrita.
Provavelmente o sentido de muitas palavras escapavam à menina, mas ela seguia o fio do afeto que lhe oferecia a doçura da voz paterna. De vez em quando, ela o interrompia com algum comentário ou para ver a ilustração. Ele prontamente a atendia. E logo retomavam a leitura.
Ficamos algum tempo a observá-los, aguardando o final da história (O Gato de Botas, que acabáramos de enviar por um portador). Deitamo-nos com essa linda imagem do amor de ler.
Deste lado do cais, contemplávamos com olhar embevecido, transbordante de ternura, nosso filho a ler histórias para a filha adormecer. Ela, apesar de já meio sonolenta, com a cabeça recostada no sofá e os pezinhos apoiados no colo do pai, acompanhava atentamente a leitura. Ele lia-lhe compenetrado o texto, seguindo fielmente a palavra escrita.
Provavelmente o sentido de muitas palavras escapavam à menina, mas ela seguia o fio do afeto que lhe oferecia a doçura da voz paterna. De vez em quando, ela o interrompia com algum comentário ou para ver a ilustração. Ele prontamente a atendia. E logo retomavam a leitura.
Ficamos algum tempo a observá-los, aguardando o final da história (O Gato de Botas, que acabáramos de enviar por um portador). Deitamo-nos com essa linda imagem do amor de ler.
terça-feira, dezembro 09, 2008
Sementes de rosmaninho 5
A pós a seqüência de dias chuvosos, afinal veio o sol.
No vaso, crescem dois pés de rosmaninhos e dois de ervas daninhas.
Agora não é difícil distingui-los: os das ervas daninhas crescem mais depressa e com mais vigor.
Decidi não arrancá-los.
É o meu tributo ao jardim do pensamento de Maria Gabriela.
No vaso, crescem dois pés de rosmaninhos e dois de ervas daninhas.
Agora não é difícil distingui-los: os das ervas daninhas crescem mais depressa e com mais vigor.
Decidi não arrancá-los.
É o meu tributo ao jardim do pensamento de Maria Gabriela.
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Hoje é dia de alegria
Hoje à tardinha vou pegar meu neto do coração na creche! Passarei todo o dia em contagem regressiva. Sei que quando chegar essa hora, virá tranqüilamente comigo. Que entrará em minha casa como se estivesse na dele. Que pedirá chazinho e pão, e que eu, com muita pena, terei que adiar esse pedido, para não atrapalhar o apetite dele para o jantar. Que desejará ver desenhos na TV, mas logo mudará de atividade. Que percorrerá os lugares conhecidos da casa, a conferir se tudo está como da úlltima vez. E que perguntará "o que é isso?", a cada coisa nova que encontrar.
sábado, dezembro 06, 2008
Edificando a cura
O diagnóstico confirmou o que, no fundo, há muito já sabia. Decidida a edificar a cura, ou pelo menos a controlar a doença, juntamente com a medicação para o quadro depressivo, agarro-me ao que me traz alegria no cotidiano:
- ser chamada e visitada pelo meu netinho do coração (sempre tenho e terei tempo para ele);
-olhar diariamente se as sementes de rosmaninho conseguiram sobreviver às bicadas dos pássaros (algumas resistem...);
-pôr água nas plantinhas da varanda;
- caminhar à tardinha com o meu amor na orla de Copacabana ;
- dedicar as manhãs escrever um pouco no computador;
- verificar, antes de dedicar-me à produção de textos, se há mails enviados pelos filhos;
- ver de 15 em 15 dias a minha netinha (e o meu filho) na web cam;
- assistir (quase) todos os sábados aos filmes da Sessão do porfessor;
- de vez em quando escrever neste blogue;
-tecer o cachecol para a minha filha;
- etc.
Sinto que já seguro os bordos. E que o poço não é tão fundo...
- ser chamada e visitada pelo meu netinho do coração (sempre tenho e terei tempo para ele);
-olhar diariamente se as sementes de rosmaninho conseguiram sobreviver às bicadas dos pássaros (algumas resistem...);
-pôr água nas plantinhas da varanda;
- caminhar à tardinha com o meu amor na orla de Copacabana ;
- dedicar as manhãs escrever um pouco no computador;
- verificar, antes de dedicar-me à produção de textos, se há mails enviados pelos filhos;
- ver de 15 em 15 dias a minha netinha (e o meu filho) na web cam;
- assistir (quase) todos os sábados aos filmes da Sessão do porfessor;
- de vez em quando escrever neste blogue;
-tecer o cachecol para a minha filha;
- etc.
Sinto que já seguro os bordos. E que o poço não é tão fundo...
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