"Heterodoxia I foi bem menos a espécie de desafio que a mim mesmo me lançava imaginando desafiar os outros, do que uma ruptura dolorosa e de certo modo, uma fuga (...). mais decisivo para mim, foi descobrir, há pouco, que esse primeiro livro de ruptura com toda uma tradição e uma sensibilidade familiares era já, como o serão todos os outros, um livro póstumo (....) sem que então tivesse plena consciência disso, a minha escrita aparece à nascença marcad[a] por um imenso sentimento de culpabilidade e remorso." (Eduardo Lourenço, "Escrita e Morte", prefácio de Heterodoxia I e II, 1987)
"quando descobrimos que já não vivemos de uma maneira uníssona com as pessoas que mais amamos e respeitamos isso gera um sentimento de culpa, algo que me acompanhou sempre, até porque meus pais morreram cedo" (Eduardo Lourenço in 25 Portugueses, 1999)
"quando descobrimos que já não vivemos de uma maneira uníssona com as pessoas que mais amamos e respeitamos isso gera um sentimento de culpa, algo que me acompanhou sempre, até porque meus pais morreram cedo" (Eduardo Lourenço in 25 Portugueses, 1999)
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