quinta-feira, outubro 28, 2010

Rede de afetos I - O neto e o avô dos castelos


O menino tinha cerca de 4 ou 5 anos.
Esta foi talvez a sua segunda viagem a Portugal.
Adorava passear de carro com o avô.
Maravilhava-se sobretudo com os castelos.
Nunca se cansava de ver castelos e mais castelos.
De tanto passear com o avô e pedir-lhe para ver castelos, passou a chamá-lo de avô dos castelos.
Talvez também o avô intimamente o chamasse neto dos castelos...

quarta-feira, outubro 27, 2010

Crianças, afetos e bichos

Hoje, no primeiro intervalo da escrita, fui visitar a minha neta do coração, a mãe dela e a nova habitante da casa.
Não é peixe, nem cão, nem gato.
É uma coelha - a coelha Pipoca.
Vive numa gaiola grande na sala, sem sustos diante dos humanos. Por vezes fica solta na varanda.
Volto para a casa contente do breve dedo de prosa trocado com a vizinha, enquanto ela pintava uma caixa de retratos, prenda para a sogra.
Ao retomar a escrita, ouço a conhecida corrida do outro neto do coração pelo corredor.
Ele veio me visitar antes de ir para a creche. Sentiu saudades.
Levou o carrinho do meu filho e deixou um livro de histórias.
Logo mais vamos destrocar.
Oh coisa boa!

sábado, outubro 23, 2010

Calmo Bairro Peixoto, nesta linda Copacabana...

Este é um dos lugares em que meu corpo encontra-se em plena sintonia com o meu espírito.
Amo receber a acolhida calorosa da minha vizinha, guardiã das minhas plantas e da minha correspondência,
e o abraço espontâneo dos meus netos do coração.
Amo rever a generosa arcada verde das árvores da Rua Maestro Francisco Braga,
e os rostos sorridentes de vizinhos e amigos que reencontramos no elevador e na calçada.
Amo ir a pé aos mercados próximos, onde compramos os nossos alimentos. e andar pelo calcadão de vista esplendorosa para o mar.
Tudo isto ajuda a bem regressar.
Sinto falta, é claro, das pessoas amadas que deixei do outro lado do cais,
mas conforta-me (re)encontrar este ponto de coincidência sustentado por tanto calor humano e pela beleza da paisagem.