Até pensei
Chico Buarque, 1968
Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caia
Toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via
Do lado de lá tanta aventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar essa modinha
A felicidade
Morava tão vizinha
Que, de tolo
Até pensei que fosse minha
Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar vivia
De sonho e fantasia
E a dono dos olhos nem via
Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a a enganar nuca me via
Eu andava pobre
Tão pobre de carinho
Que, de tolo
Até pensei que fosse minha
Toda a dor da vida
Me ensinou essa modinha
Que, de tolo
Até pensei que fosse minha
Um blogue escrito por três pares de mãos separados por águas atlânticas. Uma viagem com escalas no Rio de Janeiro, em Londres e Senhora da Hora.
segunda-feira, junho 14, 2010
sexta-feira, junho 11, 2010
Soprando dentes-de-leão
O Blogger, a casa virtual que nos hospeda, acabou de disponibilizar novas roupagens para blogues. Não resisti a adoptar o modelo actual, no qual aparecem, no canto superior direito, sementes de dentes-de-leão sendo carregadas pelo vento. É que esta é uma das brincadeiras favoritas da avó e da menina.
sexta-feira, junho 04, 2010
Uma bela travessia humana
Nossa história é parecida com a de muitos outros imigrantes portugueses: uma vida de lutas, sacrifícios e muita saudade, mas também de imensas alegrias pelos reencontros e por ver que fomos bem sucedidos na educação de nossos filhos, transmitindo-lhes valores fundamentais, hoje infelizmente bastante escassos.
Nossos filhos puderam vivenciar estes valores sobretudo através de exemplos observados no dia-a-dia da convivência familiar.
Conseguimos que não perdessem a ligação com as raízes e com os familiares em Portugal, onde decidiram viver quando ficaram adultos, porém sem deixar de amar e respeitar a terra onde nasceram, o Brasil.
Mas o jardim foi bem cuidado e florescerá viçoso, onde quer que decidam viver.
Quando tentamos fazer uma retrospectiva das nossas vidas, é esta imagem que conforta nas adversidades e projecta sua luz para a primavera que há-de vir.
Nossos filhos puderam vivenciar estes valores sobretudo através de exemplos observados no dia-a-dia da convivência familiar.
Conseguimos que não perdessem a ligação com as raízes e com os familiares em Portugal, onde decidiram viver quando ficaram adultos, porém sem deixar de amar e respeitar a terra onde nasceram, o Brasil.
Mas o jardim foi bem cuidado e florescerá viçoso, onde quer que decidam viver.
Quando tentamos fazer uma retrospectiva das nossas vidas, é esta imagem que conforta nas adversidades e projecta sua luz para a primavera que há-de vir.
sexta-feira, maio 21, 2010
Coisas para a vovó fazer com a netinha...
Contar-lhe histórias, conhecidas e novas.
Dar-lhe beijos de borboleta.
Fantasiá-la de fadinha.
Levá-la para tomar banhos de sol com o seu nenuco.
Fazer comidinha de faz-de-conta com os pinhões que caem no chão.
Fazer bolinhos de areia na praia.
Correr com ela até ao mar.
Deixá-la brincar nos balouços do parque infantil até não querer mais.
Andar com ela nos brinquedos do parque de diversões.
Preparar um piquenique com a família na serra ou no parque.
Pegar e soprar ao vento dentes-de-leão.
Alimentar gatinhos e outros animais.
Visitar familiares especiais e lugares preferidos.
Mostrar-lhe novos lugares (e um dia, quem sabe, o país em que nasceu o seu papai e sua madrinha).
Dar-lhe muitos abraços apertados, acompanhados da expressão: Xiiiiiiicoração.
Ir com ela à biblioteca infantil e deixá-la borboletear entre as estantes.
Dar-lhe beijos de borboleta.
Fantasiá-la de fadinha.
Levá-la para tomar banhos de sol com o seu nenuco.
Fazer comidinha de faz-de-conta com os pinhões que caem no chão.
Fazer bolinhos de areia na praia.
Correr com ela até ao mar.
Deixá-la brincar nos balouços do parque infantil até não querer mais.
Andar com ela nos brinquedos do parque de diversões.
Preparar um piquenique com a família na serra ou no parque.
Pegar e soprar ao vento dentes-de-leão.
Alimentar gatinhos e outros animais.
Visitar familiares especiais e lugares preferidos.
Mostrar-lhe novos lugares (e um dia, quem sabe, o país em que nasceu o seu papai e sua madrinha).
Dar-lhe muitos abraços apertados, acompanhados da expressão: Xiiiiiiicoração.
Ir com ela à biblioteca infantil e deixá-la borboletear entre as estantes.
Assistir com ela a filmes como "A Fantástica fábrica de chocolate", que seu papai e sua madrinha tanto "curtiram" na infância e ainda "curtem".
Rolar de rir com ela no sofá, fazendo mil delicadas cócegas.
Deitar na relva, olhar o céu, respirar fundo e pensar como a vida pode ser simples e bonita.
domingo, maio 09, 2010
Três grandes alegrias, três motivos para cantar a beleza da vida
Primeira grande alegria:
Final de 1970. Resultado do exame de gravidez: positivo.
Alegria geral com o anúncio da chegada do primeiro filho, e também o primeiro neto, do lado materno e do lado paterno.
Em 1971, nasceu um menino.
Segunda grande alegria:
Final de 1975. Resultado do exame de gravidez: positivo.
Alegria geral com o anúncio da chegada do segundo filho, após uma perda, muito tratamento e longa espera.
Em 1976, nasceu uma menina.
Terceira grande alegria:
Final de 2004. Anúncio da chegada do primeiro neto, e também o primeiro bisneto, do lado dos quatro avós paternos.
Em 2005, nasceu uma menina, filha do filho.
"É a vida, é bonita
e é bonita..."
(Gonzaguinha)
Final de 1970. Resultado do exame de gravidez: positivo.
Alegria geral com o anúncio da chegada do primeiro filho, e também o primeiro neto, do lado materno e do lado paterno.
Em 1971, nasceu um menino.
Segunda grande alegria:
Final de 1975. Resultado do exame de gravidez: positivo.
Alegria geral com o anúncio da chegada do segundo filho, após uma perda, muito tratamento e longa espera.
Em 1976, nasceu uma menina.
Terceira grande alegria:
Final de 2004. Anúncio da chegada do primeiro neto, e também o primeiro bisneto, do lado dos quatro avós paternos.
Em 2005, nasceu uma menina, filha do filho.
"É a vida, é bonita
e é bonita..."
(Gonzaguinha)
quinta-feira, maio 06, 2010
Ninho destruído
Hoje de manhã ainda houve uma batalha.
Os dois pássaros confrontaram-se.
Porém o pequeno parecia perceber que não adiantava mais.
O ninho, após tantas investidas, foi desfeito.
Os dois pássaros confrontaram-se.
Porém o pequeno parecia perceber que não adiantava mais.
O ninho, após tantas investidas, foi desfeito.
Não suportou a retirada de tantos fiapos pelo pássaro maior.
Parte dele escorre, pendurada no galho.
O outro ninho cresce, no alto da amendoeira.
quarta-feira, maio 05, 2010
A disputa continua...
O pássaro pequeno não desiste.
Pia seguidamente quando vê o maior sobre o seu ninho.
Destemido, voa em direção a ele, lutando para preservar o seu espaço.
Consegue fazer o maior sair.
Ufa! Venceu a batalha.
Mas tudo indica que ainda não venceu definitivamente a guerra.
Pia seguidamente quando vê o maior sobre o seu ninho.
Destemido, voa em direção a ele, lutando para preservar o seu espaço.
Consegue fazer o maior sair.
Ufa! Venceu a batalha.
Mas tudo indica que ainda não venceu definitivamente a guerra.
terça-feira, maio 04, 2010
Des-construindo um ninho
Mais um capítulo da disputa pelo ninho no galho da planta da varanda.
O pássaro maior (rola?) não quer exatamente se apropriar do ninho (que julgo ser) do pequenino.
Quer utilizar materiais facilmente disponíveis para fazer o próprio ninho.
Já localizei o novo ninho em construção num galho alto da amendoeira.
Lá fica o outro pássaro (a fêmea?).
E agora acompanho novos voos de idas e vindas do pássaro maior (o macho?).
O pássaro maior (rola?) não quer exatamente se apropriar do ninho (que julgo ser) do pequenino.
Quer utilizar materiais facilmente disponíveis para fazer o próprio ninho.
Já localizei o novo ninho em construção num galho alto da amendoeira.
Lá fica o outro pássaro (a fêmea?).
E agora acompanho novos voos de idas e vindas do pássaro maior (o macho?).
Difícil é saber se o pássaro que vai e vem é o mesmo ou o outro do casal.
E o pequenino? Insistirá em pôr ovos num ninho tão exposto e já meio desconstruído?
segunda-feira, maio 03, 2010
Disputa de ninho
Ontem houve uma disputa pelo ninho.
Como nada entendo de espécies de aves e respectivos tipos de ninhos, quando desci para caminhar, apontei para o porteiro o ramo de planta que se projeta para fora da minha varanda.
Ele identificou duas espécies voando rápido entre a beirada da varanda e a amendoeira.
Mencionou sanhaço e rola, com jeito de quem conviveu intimamente com pássaros.
O maior entrou no ninho.
O pássaro pequeno seria o sanhaço e o maior a rola?
Não perguntei. Na volta da caminhada consultaria o google.
Mas instintivamente já havia tomado partido.
Desejei, é claro, que o menor ficasse com o ninho.
Por ser menor e por ter sido ele, pelas idas e vindas que vi, o construtor.
Mas não posso interferir.
A natureza seguirá seu curso.
Creio que não verei o nascimento de filhotes.
Como nada entendo de espécies de aves e respectivos tipos de ninhos, quando desci para caminhar, apontei para o porteiro o ramo de planta que se projeta para fora da minha varanda.
Ele identificou duas espécies voando rápido entre a beirada da varanda e a amendoeira.
Mencionou sanhaço e rola, com jeito de quem conviveu intimamente com pássaros.
O maior entrou no ninho.
O pássaro pequeno seria o sanhaço e o maior a rola?
Não perguntei. Na volta da caminhada consultaria o google.
Mas instintivamente já havia tomado partido.
Desejei, é claro, que o menor ficasse com o ninho.
Por ser menor e por ter sido ele, pelas idas e vindas que vi, o construtor.
Mas não posso interferir.
A natureza seguirá seu curso.
Creio que não verei o nascimento de filhotes.
sábado, maio 01, 2010
Um ninho!
Um pássaro muito pequeno e belo começou a frequentar a minha varanda.
Dias a fio, contemplei-o atrás da vidraça, a levar fiapos e minúsculas folhagens no bico.
Ia e vinha, em direção à grande amendoeira que deita ramos e sombra sobre o meu apartamento.
Pensei: anda a fazer ninho na árvore. Mas onde?
Ontem - surpresa! - descobri onde construiu o ninho.
Extasiada, chamei a filha da vizinha para ver.
Prodígio de engenharia aérea, o ninho balançava num galho.
Sei bem que um passarinho fazer ninho num galho é algo comum na natureza.
Mas não é comum se o galho for de um vaso de plantas de uma varanda de um apartamento de Copacabana!
Agora sei que tenho que ir até lá com cuidado, para não assustá-lo(a).
Temo esquecer e entrar de repente.
Temo que enjeite o ninho e desista de lá pôr os ovos.
Mal posso esperar pelo nascimento dos filhotes...
Dias a fio, contemplei-o atrás da vidraça, a levar fiapos e minúsculas folhagens no bico.
Ia e vinha, em direção à grande amendoeira que deita ramos e sombra sobre o meu apartamento.
Pensei: anda a fazer ninho na árvore. Mas onde?
Ontem - surpresa! - descobri onde construiu o ninho.
Extasiada, chamei a filha da vizinha para ver.
Prodígio de engenharia aérea, o ninho balançava num galho.
Sei bem que um passarinho fazer ninho num galho é algo comum na natureza.
Mas não é comum se o galho for de um vaso de plantas de uma varanda de um apartamento de Copacabana!
Agora sei que tenho que ir até lá com cuidado, para não assustá-lo(a).
Temo esquecer e entrar de repente.
Temo que enjeite o ninho e desista de lá pôr os ovos.
Mal posso esperar pelo nascimento dos filhotes...
sábado, abril 17, 2010
85 anos
Hoje farias anos.
Se estivesees conosco, haveria festa.
Continuarias a ser o senhor muito elegante e charmoso que sempre foste.
E sobretudo ainda serias a pessoa maravilhosa que eras.
Assim permaneces na lembrança. Vivo.
Ficaste com uma forte imagem afetivas da minha vida.
Nesta semana, fui assistir ao filme "Chico Xavier".
Pensei muito em ti.
Chico Xavier ensinou sobre as lágrimas pelos que partiram.
Aos poucos espero aprender.
Se estivesees conosco, haveria festa.
Continuarias a ser o senhor muito elegante e charmoso que sempre foste.
E sobretudo ainda serias a pessoa maravilhosa que eras.
Assim permaneces na lembrança. Vivo.
Ficaste com uma forte imagem afetivas da minha vida.
Nesta semana, fui assistir ao filme "Chico Xavier".
Pensei muito em ti.
Chico Xavier ensinou sobre as lágrimas pelos que partiram.
Aos poucos espero aprender.
quinta-feira, abril 08, 2010
O gatinho, as árvores, a chuva no Rio
Bairro Peixoto, Copacabana. Duas belas árvores não resistiram às fortes chuvas que caíram sobre o Rio. Tombaram uma sobre a outra, de noite, antes do início da feira livre. Como se não quisessem machucar ninguém.
Dias antes, um gato subira na maior delas e não conseguiu descer. Para alegria da dona, uma operação do corpo de bombeiros conseguiu salvar o gatinho, sob aplausos dos moradores do bairro.
Hoje a árvore maior e a companheira estão reduzidas a troncos e galhos decepados. No lugar delas, um vazio.
Este é apenas um pequeno retrato da tristeza geral diante da enchente que levou muitas vidas e sonhos e destruiu parte da beleza da cidade.
Agora é a hora da solidariedade de todos os que escaparam imunes à destruição.
Dias antes, um gato subira na maior delas e não conseguiu descer. Para alegria da dona, uma operação do corpo de bombeiros conseguiu salvar o gatinho, sob aplausos dos moradores do bairro.
Hoje a árvore maior e a companheira estão reduzidas a troncos e galhos decepados. No lugar delas, um vazio.
Este é apenas um pequeno retrato da tristeza geral diante da enchente que levou muitas vidas e sonhos e destruiu parte da beleza da cidade.
Agora é a hora da solidariedade de todos os que escaparam imunes à destruição.
sábado, abril 03, 2010
Para alimentar a alma I: "Pra dizer adeus"
Pra dizer adeus
Edu Lobo/Torquato Neto
Adeus
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinha
Tão sozinha amor
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Deste meu caminho
Ah! Pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto, eu queria dizer
Vem
Eu só sei dizer
Vem
Nem que seja só
Pra dizer adeus
Edu Lobo/Torquato Neto
Adeus
Vou pra não voltar
E onde quer que eu vá
Sei que vou sozinha
Tão sozinha amor
Nem é bom pensar
Que eu não volto mais
Deste meu caminho
Ah! Pena eu não saber
Como te contar
Que o amor foi tanto
E no entanto, eu queria dizer
Vem
Eu só sei dizer
Vem
Nem que seja só
Pra dizer adeus
quarta-feira, março 03, 2010
Aniversário da passagem de Maria Gabriela Llansol
Acordo.
Penso com muito carinho nela.
Abro meus mails.
E recebo esta mensagem do Espaço Llansol.
Em fundo azul, cor preferida, no trabalho sobre o seu próprio luto pelo Amigo:
"Nós e a morte ______são duas transparências que passam uma através da outra"
(Cad.1.09.28)
Penso com muito carinho nela.
Abro meus mails.
E recebo esta mensagem do Espaço Llansol.
Em fundo azul, cor preferida, no trabalho sobre o seu próprio luto pelo Amigo:
"Nós e a morte ______são duas transparências que passam uma através da outra"
(Cad.1.09.28)
quarta-feira, dezembro 30, 2009
Poema-cartão de Natal
Outra mensagem natalina em forma de poema:
Cartão de Natal
João Cabral de Melo Neto
Pois que reinaugurando essa criança
pensam os homens
reinaugurar a sua vida
e começar novo caderno,
fresco como o pão do dia;
pois que nestes dias a aventura
parece em ponto de vôo, e parece
que vão enfim poder
explodir suas sementes:
que desta vez não perca esse cadernos
ua atração núbil para o dente;
que o entusiasmo conserve vivas
suas molas,
e possa enfim o ferro
comer a ferrugem
o sim comer o não.
Cartão de Natal
João Cabral de Melo Neto
Pois que reinaugurando essa criança
pensam os homens
reinaugurar a sua vida
e começar novo caderno,
fresco como o pão do dia;
pois que nestes dias a aventura
parece em ponto de vôo, e parece
que vão enfim poder
explodir suas sementes:
que desta vez não perca esse cadernos
ua atração núbil para o dente;
que o entusiasmo conserve vivas
suas molas,
e possa enfim o ferro
comer a ferrugem
o sim comer o não.
O que penso do Natal
Um amigo enviou-me esta mensagem que resume poeticamente o que penso do Natal:
O Natal não é ornamento: é fermento
É um impulso divino que irrompe pelo interior da história
Uma expectativa de semente lançada
Um alvoroço que nos acorda
para a dicção surpreendente que Deus faz
da nossa humanidade
O Natal não é ornamento: é fermento
Dentro de nós recria, amplia, expande
O Natal não se confunde com o tráfico sonolento dos
símbolos
nem se deixa aprisionar ao consumismo sonoro
de ocasião
A simplicidade que nos propõe
não é o simplismo ágil das frases-feitas
Os gestos que melhor o desenham
não são os da coreografia previsível das convenções
O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!
Entre a noite e o dia
Entre a tarefa e o dom
Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo
Entre a palavra e o silêncio que buscamos
Uma estrela nos guiará
José Tolentino Mendonça
O Natal não é ornamento: é fermento
É um impulso divino que irrompe pelo interior da história
Uma expectativa de semente lançada
Um alvoroço que nos acorda
para a dicção surpreendente que Deus faz
da nossa humanidade
O Natal não é ornamento: é fermento
Dentro de nós recria, amplia, expande
O Natal não se confunde com o tráfico sonolento dos
símbolos
nem se deixa aprisionar ao consumismo sonoro
de ocasião
A simplicidade que nos propõe
não é o simplismo ágil das frases-feitas
Os gestos que melhor o desenham
não são os da coreografia previsível das convenções
O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!
Entre a noite e o dia
Entre a tarefa e o dom
Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo
Entre a palavra e o silêncio que buscamos
Uma estrela nos guiará
José Tolentino Mendonça
sexta-feira, dezembro 25, 2009
O perigo da alienação parental
Ando a ler e a reflectir sobre os efeitos da alienação parental, algo bem mais comum do que se supõe.
Alienação parental, termo proposto por Richard Gardner, em 1985, designa a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro cônjuge, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.
Por exemplo, o genitor alienante -em geral o que detém e monopoliza a guarda da criança - refere, com insistência, fatos e acontecimentos que denigrem a imagem do outro genitor e procura dificultar o convívio da criança com o ex-cônjuge e com a família dele, comprometendo o estabelecimento de laços afetivos e o desenvolvimento saúdável do filho.
A respeito da Síndrome de Alienação Parental (SAP), ler:
http://www.alienacaoparental.com.br/o-que-e
http://www.pailegal.net/chicus.asp?rvTextoId=-435121337
http://www.criancafelizrs.com/
Alienação parental, termo proposto por Richard Gardner, em 1985, designa a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro cônjuge, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.
Por exemplo, o genitor alienante -em geral o que detém e monopoliza a guarda da criança - refere, com insistência, fatos e acontecimentos que denigrem a imagem do outro genitor e procura dificultar o convívio da criança com o ex-cônjuge e com a família dele, comprometendo o estabelecimento de laços afetivos e o desenvolvimento saúdável do filho.
A respeito da Síndrome de Alienação Parental (SAP), ler:
http://www.alienacaoparental.com.br/o-que-e
http://www.pailegal.net/chicus.asp?rvTextoId=-435121337
http://www.criancafelizrs.com/
terça-feira, dezembro 22, 2009
Um novo visitante na varanda
Não é um macaquinho.
Nem um morcego (felizmente se foram).
É um picapau.
Todos os dias bate com o bico na vidraça da varanda.
Deve haver algum tipo de alimento (insetos? larvas?) nas frestas de borracha.
Está ficando íntimo.
Já não esvoaça para a amendoeira quando me aproximo.
Apetece-me dizer-lhe: "seja bem-vindo!"
Nem um morcego (felizmente se foram).
É um picapau.
Todos os dias bate com o bico na vidraça da varanda.
Deve haver algum tipo de alimento (insetos? larvas?) nas frestas de borracha.
Está ficando íntimo.
Já não esvoaça para a amendoeira quando me aproximo.
Apetece-me dizer-lhe: "seja bem-vindo!"
quinta-feira, dezembro 17, 2009
Dia dezoito, sete anos de ausência
a forma como soubeste passar
decidiu
o quanto de eternidade
em mim
conquistaste
decidiu
o quanto de eternidade
em mim
conquistaste
segunda-feira, novembro 02, 2009
Fiel aos meus, vivos no jardim que a ressuscitação permite
Ao meu pai, Antonio Almeida Azevedo,
ao meu sogro, José dos Santos Soares,
à amiga Maria Gabriela Llansol,
dedico o meu pensamento afetivo
ao meu sogro, José dos Santos Soares,
à amiga Maria Gabriela Llansol,
dedico o meu pensamento afetivo
Subscrever:
Mensagens (Atom)