quarta-feira, julho 22, 2009

Resultado da segunda sondagem

Colocando o mediatismo em segundo plano, a morte de Michael Jackson impressiona-nos pelo impacto da morte de um ícone pop, como já fora, por exemplo, a de Freddie Mercury, a de Elis Regina, no Brasil, ou a de Elvis Presley. A primeira lembrança que me ocorreu quando soube da morte através do Twitter foi a de ter esperado ansiosamente pela chegada do álbum Thriller e que meu avô, que estava na altura de férias no Brasil, resolvera sair comigo para comprar o vinil na loja mais próxima. Este foi o impacto de uma geração que viveu as músicas de Michael Jackson. É inegável a influência nas gerações que conviveram com suas músicas, nos que criaram e recriaram outras inspirados pelas que compuseram ao longo da carreira artística. O resultado da sondagem mostra isso: 3 acharam que o impacto é "muito grande", 2 acharam "considerável" e 1 achou "indefinido".

quarta-feira, julho 15, 2009

Para um querido aniversariante


Um cesta de flores, para celebrar este dia.
Com um pouco de imaginação, sentirás o perfume, a textura das pétalas.
O meu afeto vai com elas.


"A beleza da formas e da cor é a santidade das coisas" (Maria Gabriela Llansol)

quarta-feira, julho 01, 2009

Michael Jackson e a cultura pop mundial

No seguimento da nossa abordagem mais iteractiva com os leitores do Notícias do Cais, lançamos uma nova sondagem: Qual o impacto de Michael Jackson na cultura pop mundial?  As votações decorrem por mais 14 dias.  Participem!

domingo, junho 28, 2009

Resultados da primeira sondagem

Resultados: 4 votos para "agradável", 1 voto para "muito bom" e 1 voto para "demasiado pesado". Democracia: vamos manter o design actual. Desde já nosso obrigado pela participação!

quarta-feira, junho 17, 2009

Buquês de flores


Recebi preciosas prendas no meu aniversário.

Uma delas é um buquê de rosas, entre botão e flor entreabrindo-se. Pelo amor que a elas dedico, certamente durarão muito, como as rosas de Clarice. Enfeitam a sala, ao lado das bromélias oferecidas pelo meu amor.

A outra é este Noticias do cais, com novo design. Veio acompanhado de um post, com criatividade à altura do novo formato do blog.

O blog - país dos tukiamães - nasceu da tuki filha, para me ensinar a lidar com a saudades... Depois, acolheu as mãos do tuki filho, o criativo redesenhador e criador da história sobre o país dos tukiamães.

Assim circulam flores reais e virtuais. Com criatividade e muito afeto.

terça-feira, junho 16, 2009

A origem de Tuki

Tuki nasceu na remota aldeia fictícia dos Tukiamãe. Desde sempre esta aldeia desenvolve sua cultura de forma partilhada, ensinando aos seus e aos outros que a maior das culturas é a global. Com o advento das modernidades, dois dos aldeões decidiram explorar novas terras. Um deles, Portucale, terras de D. Sebastião, o outro, as terras do Rei Arthur. Tuki aprendeu já com sua mãe que aprendera com sua avó: os aldeões de Tukiamãe são como pássaros e voam em busca do horizonte. E assim foi, Tuki continuou seu caminho pela aldeia, partilhando a cultura do seu povo com as outras terras, com as outras gentes.
Hoje Tuki faz anos, e a aldeia global está em festa!

segunda-feira, junho 15, 2009

O bordado de Maria Gabriela Llansol


"Leio um texto e vou-o cobrindo com o meu próprio texto […]. [P]arece-me que um fino pano flutua entre os olhos e a mão e acaba cobrindo com uma rede, uma nuvem, o já escrito. O meu texto é completamente transparente e percebo a topografia das primeiras palavras.
Situo-me historicamente ao lado de outras mãos que bordaram tecidos de outra época. […] Passo da escrita ao bordado traduzindo como se ambos fossem a minha palavra [...]. Com um livro se escreve outro livro.
Eu escrevo, depois leio o que escrevo como se não o tivesse escrito."

Texto: fragmento de Maria Gabriela Llansol
Imagem:
Marilyn Silverstone /Magnum (Delhi, Índia, 1966)

sábado, junho 13, 2009

Novo Cais

O Notícias do Cais tem um novo design. A foto em background é de um cais do lago Ossiach, em Villach, Austria. Este novo "cais" para o blog inaugura igualmente um espaço de votação (à direita), onde periodicamente iremos levantar algumas questões no âmbito da nossa missão de juntar na escrita os "três pares de mãos separados por águas atlânticas".

Lendo Fernando Pessoa, que hoje faria anos

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
[...]

fragmento do poema "Aniversário", de Álvaro de Campos (um dos heterônimos de Fernando Pessoa)

sábado, junho 06, 2009

"As cantoras do rádio"

Com imenso orgulho de ser brasileira e carioca de coração assisti ao documentário "As cantoras do rádio", de Gil Baroni e Marcos Avellar.

Senti-me privilegiada e gratificada ao perceber que conhecia esse repertório e conseguia acompanhar as canções junto com as cantoras, como se estivesse na platéia - e, de certa forma, estava.

É muito bom saber que há pessoas interessadas em preservar a memória de uma era - a era das cantoras do rádio, sobretudo da Rádio Nacional -, felizmente ainda viva e atuante através de algumas de suas representantes, apesar de todas as dificuldades, nomeadamente a da nossa conhecida desmemória.

Cada vez mais torna-se necessário apresentar às novas gerações a diversidade e a criatividade do nosso patrimônio musical. O documentário é um bom exemplo de um segmento expressivo do que de melhor produzimos no âmbito musical. Tal é nossa riqueza, que este é apenas um dos nossos possíveis e belos "Buena Vista Social Club". Um dos, porque temos muitos outros, que também precisam ser tirados do quase total olvido a que foram relegados.

terça-feira, junho 02, 2009

Pensamento-prece pelos passageiros e familiares do voo 447 Air France

O meu pensamento de solidariedade para os familiares e amigos. Que consigam um pouco de serenidade em meio à angústia da espera de informações.
A minha prece para os passageiros neste momento de sua travessia humana.

terça-feira, maio 05, 2009

Um poema para as mães, quase sempre as melhores amigas

Canção amiga

Carlos Drumond de Andrade

Eu preparo uma canção
Em que minha mãe se reconheça
Todas as mães se reconheçam
E que fale como dois olhos
Caminho por uma rua
Que passa em muitos países
Se não me vêem, eu vejo
E saúdo velhos amigos
Eu distribuo segredos
Como quem ama ou sorri
No jeito mais natural
Dois caminhos se procuram
Minha vida, nossas vidas
Formam um só diamante
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens
E adormecer as crianças

quarta-feira, abril 22, 2009

Escrita, morte, heterodoxia e culpabilidade

"Heterodoxia I foi bem menos a espécie de desafio que a mim mesmo me lançava imaginando desafiar os outros, do que uma ruptura dolorosa e de certo modo, uma fuga (...). mais decisivo para mim, foi descobrir, há pouco, que esse primeiro livro de ruptura com toda uma tradição e uma sensibilidade familiares era já, como o serão todos os outros, um livro póstumo (....) sem que então tivesse plena consciência disso, a minha escrita aparece à nascença marcad[a] por um imenso sentimento de culpabilidade e remorso." (Eduardo Lourenço, "Escrita e Morte", prefácio de Heterodoxia I e II, 1987)

"quando descobrimos que já não vivemos de uma maneira uníssona com as pessoas que mais amamos e respeitamos isso gera um sentimento de culpa, algo que me acompanhou sempre, até porque meus pais morreram cedo" (Eduardo Lourenço in 25 Portugueses, 1999)

sábado, abril 18, 2009

As mãos e os frutos

Nasci de ti, um dia, 50 %, por um acaso de gens.
Nasci de ti novamente, 100 %, quando te afirmei no meu coração.
Continuo a nascer de ti, através dos meus filhos.
Através deles, nasces outra vez.
Meus frutos são teus frutos.
100% teus. E não só 25%, por um acaso de gens.
Escrevem-te. Escrevem-se. Escrevem-me.
Entre mãos dadas e recebidas.

Bem-aventurado aquele que tanto e tão bem soube fazer-se amar.

(a meu pai, que hoje faria 84 anos)

sexta-feira, abril 17, 2009

As mãos do meu avô (que faria hoje 84 anos)

"As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
como são belas as tuas mãos
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah. Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura as tuas mãos nodosas...
essa chama de vida
que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma."

"As mãos do meu pai", de Mario Quintana

quinta-feira, março 19, 2009

Aos pais no Dia dos Pais em Portugal

Hoje é dia de São José e dia dos Pais em Portugal.
(No Brasil, não sei por que, comemora-se em Agosto.)
Parece-me acertada a data portuguesa: São José foi mesmo um modelo de pai.

Aqui deixo a minha homenagem, in memoriam, a dois bons pais:
ao meu pai Antonio - um homem generoso, ativo, de personalidade forte, que amava a vida, adoeceu de um mal estranho e partiu meio atônito - e ao meu sogro José - um homem doce, manso, humilde, que suportou muito sofrimento físico e sobretudo psicológico antes de partir.

Estendo a homenagem também ao meu marido - um pai extremoso, aquele que sonhamos dar aos filhos - e ao meu filho - que na paternidade responsável está encontrando o maior sentido da sua vida e está se saindo maravilhosamente bem nesta arte de amar que não se aprende na escola.

domingo, março 15, 2009

Finalmente conheceram-se

Ontem de manhã eu vi e falei com minha netinha que vive em Portugal pela webcan.
Meu neto do coração, assim que ouviu minha voz, logo me chamou.
Perguntei à empregada se ele podia vir à minha casa.
Ele veio correndo e sentou-se no meu colo.
A minha netinha e o meu neto do coração mostraram coisas pela tela.
E conviveram como se já se conhecessem há muito.
De fato se conheciam: sempre falei de um para o o outro.
Agora já trocaram mutuamente de imagem.
E sabem que ambas as imagens estão longe e, no entanto, muito perto, no afeto que trago no coração.

sexta-feira, março 13, 2009

Um susto

Ontem à noite meu neto do coração levou e deu-nos um grande susto.
Quando brincava com a irmã, bateu a porta com força e ficou preso dentro do próprio quarto.
Foi um momento de tensão, pois ele chorava aflito para sair.
Com muito jeito, a maravilhosa empregada explicou-lhe com calma para ele tentar girar a chave.
De repente, o menininho conseguiu.
Ufa!

terça-feira, março 03, 2009

Maria Gabriela Llansol - um ano de ausência

Querida amiga,
tenho nas mãos o conforto dos teus livros e no coração uma imensa saudade. Amanhã postarei um trecho de um deles. Hoje é tempo de ler e pensar.

Ontem mandamos rezar a Missa da Luz por um ano de tua partida. Coincidiu com a Missa de Mês pelo bondoso Senhor José, pai e sogro querido.