"Esta capacidade que um livro possui de estabelecer as suas próprias relações, de conquistar pessoas de idades improváveis e de fazer a escolha do seu próprio caminho, é para mim uma coisa fascinante. Como ser vivo, ele nasce, cresce e parte. Como podia eu servir-me dele para fazer passar uma mensagem, ainda que fosse pedagógica? Não, um livro não é pombo-correio, não tem de levar nada na anilha. Não há, aliás, que pôr qualquer anilha. A sua natureza de nobre não admite que se lhe adscrevam missões. Não nutro a intenção de ensinar nada, a não ser que se chame ensinar a dar a mão e a fazer perder o medo para o voo."
Hélia Correia em entrevista a Maria João Cantinho, publicada na revista on line Storm
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