Querida Ana Carolina de Oliveira,
Você não me conhece pessoalmente. Sou mãe, avó, educadora, cidadã (e, atualmente, alguém que se esforça para tornar-se um ser humano melhor e sonha construir um mundo em que o amor seja cada vez mais possível). E, como tal, queria manifestar - a você, a seus pais e a toda a sua família - a minha imensa solidariedade. Imagino que devem estar recebendo o apoio e o afeto de milhares de pessoas do Brasil e do mundo. Mas carinho nunca é demais.
Procuro mas não encontro as palavras certas para confortá-la. Não há na língua portuguesa nenhuma palavra para nomear a dor inimaginável de quem perdeu um filho, especialmente uma criança.
Queria dizer-lhe apenas, nesta carta-acalanto, que ao solidarizar-me com você, procuro também serenizar um pouco o meu coração e apaziguar a dor deste luto. Que sempre a acompanhe a certeza de que soube amar e cuidar bem da sua pequena, a certeza de que soube dar a ela muito amor e foi por ela plenamente correspondida. Guarde esta linda imagem de amor materno e filial. Certamente ela a ajudará a atravessar melhor este momento e os que ainda virão. Acolha também a convicção, forjada no ideal de justiça, de que, no que depender de profissionais sérios e competentes e da sociedade em geral, "Isabella não será esquecida".
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