(Para todas as mães, em especial para aquelas cujos filhos já partiram)
“Quando eu morrer, filhinho,
seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
e leva-me para dentro da tua casa.
Despe-me o ser cansado e humano
e deita-me na tua cama.
E conta-me histórias caso eu acorde,
para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
até que nasça qualquer dia
que tu sabes qual é.”
fragmento do Poema VIII de O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro (heterônimmo de Fernando Pessoa)
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