Num texto de Helen Barlow sobre o cineasta japonês Miyazaki, publicado no passado dia 16 de Outubro na Pública, li uma frase que me intrigou:
"Um lápis não é só para fazer uma linha. É como procurar e encontrar a linha que existe dentro de nós. Mas agora há poucos animadores que tragam para o exterior o subconsciente que existe dentro deles. Os jovens animadores viram demasiada realidade virtual e sucumbiram-lhe. Por isso o meu tipo de animação é uma indústria muito antiquada"
Não defendo o retorno ao passado, nem sou uma entusiasta enlouquecida das novas tecnologias. Mas é impossível não admirar a beleza do modo como pensa o autor de O Castelo Andante. Recordo-me de ter ouvido uma grande amiga, recentemente, dizer algo semelhante: as famílias nunca estiveram tão apetrechadas com telemóveis, câmaras, computadores e outros dispositivos tecnológicos e, ao mesmo tempo, as famílias nunca se comunicaram tão pouco.
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