segunda-feira, julho 28, 2003

Por artes de Macondo



Antes de tudo, preciso bradar aos céus a seguinte notícia: acabei de ler "Viver para contá-la" (D. Quixote). Sim, pode parecer uma coisa simples... mas eu demorei algumas semanitas. Estou feliz. Mas senti uma curiosidade louca de saber o que diz na carta enviada por Mercedes a Gabo e, o mais importante, de saber se eles casam ou não. É óbvio que o desfecho suspenso do livro, como um rabo de gato a sair por debaixo da cama, nasce por artes de um narrador que sabe domesticar o seu leitor. Acontece que o que me fascina é a manta biográfica que reveste a construção do texto, ou seja, saber que, apesar de ser um real transfigurado pela mão do escritor, ali há matéria humana. As personagens têm ou tiveram carne, osso e cartilagem. E a Mercedes realmente escreveu um carta.

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