quarta-feira, julho 23, 2008

Desenhando no presente um comovido até breve

Ontem, quando voltou da creche, o menininho veio aqui em casa. A mãe deixou-o ficar um pouco comigo, para eu tentar explicar a nossa futura longa ausência. Mostrei-lhe as malas espalhadas pela casa. Expliquei que a casa ia ficar fechada e que a titia ia ver a menininha da foto (ele já a chama pelo nome), a neta dela. Ele repetia o final das minhas palavas, compenetrado, como costuma fazer. Mas não fiquei convencida de que entenderá quando a titia não atender ao seu chamado ou quando perceber que as janelas estão sempre fechadas... Então, achei melhor viver aquele pequeno tempo presente com ele, e ficamos os dois a desenhar na varanda.

quinta-feira, julho 17, 2008

Em breve, a alegria do reencontro, do outro lado do cais

Aos meus - poucos porém fiéis - leitores

Em breve estarei do outro lado do cais. Por um período de três meses (23-24/07- 22/10) - que oxalá seja só de abraços e prazerosos convívios - talvez não escreva com a costumeira freqüência nesta página. É que quando estamos vivendo intensamente com os que amamos, não precisamos tanto de escrever as saudades. Mas como, com certeza, surgirão saudades dos que deixo do lado de cá, é possível que sinta necessidade de escrevê-las... Prometo que o farei, sempre que tiver oportunidade.

terça-feira, julho 15, 2008

happy birthday para o irmão que eu escolheria para ser o meu irmão se já não fosse meu irmão

Eu amo-te, Toni!

O sublime no cotidiano

Ontem fui levar o meu neto de coração na creche. Fomos numa pequena comitiva: a mãe, a irmãzinha, o avô e eu. O menininho até pensou que íamos passear na pracinha e, de início, se recusou a aceitar prosseguirmos na direção da escola.

Levei uma fotocópia da minha carteira de identidade (B.I.) para, numa eventualidade, caso a mãe precise, eu poder pegá-lo. Foi uma experiência aparentemente corriqueira, mas para mim, por tudo o que tenho vivido nos últimos anos, teve uma dimensão imensa. Senti-me acolhida, amada, integrada a esta família por laços de afeto tecidos com respeito e atenção cotidianos.

Já deixei com a irmã alguns papéis de carta, da coleção do meu tempo de professora. E para o menininho, um bloco com desenhos para colorir. Há carrinho, lua, avião, sinal de trânsito, enfim, coisas que fazem parte de nossas vivências comuns. Assim, quando perguntar pela "titia", poderá lidar melhor com a "saudade". A partida está preparada, mas o meu problema será: como eu vou lidar com a saudade do menininho?

segunda-feira, julho 14, 2008