terça-feira, julho 15, 2008

O sublime no cotidiano

Ontem fui levar o meu neto de coração na creche. Fomos numa pequena comitiva: a mãe, a irmãzinha, o avô e eu. O menininho até pensou que íamos passear na pracinha e, de início, se recusou a aceitar prosseguirmos na direção da escola.

Levei uma fotocópia da minha carteira de identidade (B.I.) para, numa eventualidade, caso a mãe precise, eu poder pegá-lo. Foi uma experiência aparentemente corriqueira, mas para mim, por tudo o que tenho vivido nos últimos anos, teve uma dimensão imensa. Senti-me acolhida, amada, integrada a esta família por laços de afeto tecidos com respeito e atenção cotidianos.

Já deixei com a irmã alguns papéis de carta, da coleção do meu tempo de professora. E para o menininho, um bloco com desenhos para colorir. Há carrinho, lua, avião, sinal de trânsito, enfim, coisas que fazem parte de nossas vivências comuns. Assim, quando perguntar pela "titia", poderá lidar melhor com a "saudade". A partida está preparada, mas o meu problema será: como eu vou lidar com a saudade do menininho?

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