terça-feira, fevereiro 20, 2007

Contextualizando a morte de João Hélio

Os três posts abaixo - acalantos enviados por Tuki a partir do Rio de Janeiro - referem-se a um crime recente que, embora noticiado em Portugal, apareceu sobretudo em textos genéricos sobre criminalidade no Brasil. João Hélio era uma criança de seis anos que morreu ao ser arrastada, ao longo 15 minutos e de sete quilómetros, a reboque de um carro roubado por cinco homens armados (um deles menor de idade) à mãe da vítima.
O assalto decorrido no passado dia 7 de Fevereiro deixou o Brasil mais uma vez chocado com a sua incapacidade de deter o avanço da delinquência juvenil. Propuseram-se mais uma vez alterações legislativas, debateu-se mais uma vez a redução da maioridade penal para os 16 anos, uma vez que, como refere o texto de Nuno Amaral no Público de ontem, "os menos de 18 no Brasil estão sujeitos apenas a sanções educativas até três anos".
"Nas principais cidades, a maioria dos assaltos é cometida por adolescentes pobres ou vítimas das redes de tráfico e consumo de droga."
"Num país imenso onde um terço da população vive abaixo do limiar da pobreza e a maioria da população empregada recebe um ordenado mínimo que não chega aos 130 euros, o número dos que vivem em favelas não pára de aumentar, sobretudo em cidades como São Paulo, Belém e Rio de Janeiro."

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