segunda-feira, dezembro 31, 2007

Coisas de pais e filhos 3

Enquanto faz a sua costumeira caminhada à beira-mar, a mãe observa os grupos de pessoas a festejarem a alegria do convívio. O calçadão da Avenida Atlântica é pura festa em épocas tradicionalmente de grande euforia, como as da passagens de Ano. Sente-se a vibração no ar, como que em uníssono.

"Devem ser familiares..., alguns decerto vieram de longe..." - pensa a mãe. "Como seria bom se em Festas especiais, como aniversários, Natal e Ano Novo, pais e filhos sempre pudessem comemorar juntos..."

Apetece-lhe imaginar que, num futuro não muito distante, com a força do pensamento, num simples fechar de olhos, poderíamos nos transportar quase instantaneamente através do espaço.

Aperta os olhos e vê-se, como que por sonho ou magia, a adentrar subitamente na festa onde estão reunidos, em outro continente, quatro seres muito amados.

Sente muita saudades deles. Gostaria tanto de lá estar! Suspira... mas depois percebe que, mesmo sem tele-transporte, de certo modo, lá está. Sim, está com eles, através do afeto que os une, um laço muito forte, cada vez mais intenso.

Então, ultrapassando a diferença de fuso horário, ergue uma taça imaginária em seu coração, celebrando aqui, com eles, a festa de lá.

Depois estende o brinde a todo o universo, pensando o quanto é magnífico haver este dia especial, em que a população do mundo celebra a renovação das esperanças. Consegue visualizar a força da gigantesca onda de energia a unir a todos, como uma imensa "ola" humana a rodar por todo o planeta, do Oriente ao Ocidente, do Norte ao Sul , progagando-se à medida que mudam os fusos horários.

É esta a imagem-pensamento que gostaria de oferecer, junto com o brinde, àqueles que mais ama.

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