quinta-feira, agosto 14, 2003

Estatuária viva



O blog Janela Indiscreta (cuja estrutura de referências imagéticas e textuais merecerá uma mensagem futura) faz uma interessante reflexão sobre a imobilidade das estátuas. E refere especialmente uma dessas obras, uma das poucas que têm o dom de dançar. Partilho do mesmo sentimento e, por isso, tenho um fascínio enorme pelos homens-estátua. É que eles conseguem, na sua inércia de carne e osso, construir um jogo perfeito entre a estética e o estático.

São figuras minerais como estas que distinguem as ruas da cidade. Uma vez por ano, voam com asas muito largas até Espinho e ali reúnem-se numa praça. Retomam o cinzel e esculpem mais uma vez uma matéria única, orgânica é certo, mas estática. Seres híbridos que distribuem-se como um povo em silenciosa diáspora. Quem escreve a história dessa população imóvel?

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