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'Só podemos amar aquilo que conhecemos'. Esta frase, pronunciada de forma afirmativa e definitiva por um entrevistado num programa de TV, causou-me inquietação. Penso que, ao emiti-la, o seu autor pensou em convivência ou em algo semelhante. Ponho-me a divagar, enquanto arrumo papéis. De início, experimento invertê-la: 'Só podemos conhecer aquilo que amamos', o que excluiria do conhecimento os que nos provocam outros sentimentos. Depois, retiro-lhe o ponto final e acrescento-lhe um de interrogação: 'Só podemos amar aquilo que conhecemos?'. Em seguida, lanço novas perguntas: 'É possível conhecer, de fato, alguém – amado ou não?' O debate íntimo ainda continua.
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